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Pôster do Filme |
REVIEW: THE OLD GUARD | NETFLIX
Não canso de ficar impressionado com a quantidade de conteúdo original que a Netflix é capaz de produzir. Graças a essa demanda, vários tipos de séries e filmes tem a chance de serem feitos, e The Old Guard vem para preencher a lacuna de adaptação de quadrinhos nesse mês de julho. O filme conta a história de seres humanos que por algum motivo misterioso são imortais, e acompanhamos a história de Andy, a primeira deles, vivida por Charlize Theron, enquanto uma nova imortal surge e eles são obrigados a lutar para sobreviver a um empresário que coloca a vida de todos em perigo. A direção é por conta da novata Gina Prince.
O longa no geral tem cara de filme para serviço de stream, talvez seja o orçamento reduzido que a gente nota nos cenários pobres ou nas poucas cenas de flashbacks, pois já que eles viveram através das eras, ficamos querendo saber mais como eram a vida deles. A história é bem instigante, o tema benção ou maldição sobre seus poderes é mencionado algumas vezes, mas acho que os personagens são os responsáveis por ficarmos entretidos na história. Para as pessoas que demoram de morrer, temos muita incerteza sobre o que vai acontecer com cada um deles e isso é um mérito do filme.
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Da esquerda para direita: Marwan Kenzari, Matthias Schoenaerts, Charlize Theron, Luca Marinelli e Kiki Layne |
A representatividade é um dos pontos altos desse filme. Além de uma protagonista feminina que não precisa ser salva por nenhum homem e que apresenta seus próprios ideais e desejos, temos a nova imortal, vivida por Kiki Layne, uma mulher negra que traz ao grupo a rigidez de um militar. Além disso, o filme conta com a presença de um casal gay vivido por Luca Marinelli e Marwan Kenzari que não tem absolutamente nada de estereótipos batidos tipo alívio cômico ou um fim trágico por DST, pelo contrário, são extremamente românticos, extremamente habilidosos nas cenas de ação e cada vez que eles dormiam abraçados meu coração ficava quentinho. Sem contar a direção de um filme de ação por uma mulher, que não deixa a desejar em nada, seja pelos combates corpo a corpo ou em cenas de tiroteios.
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Pôster do filme
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A trilha sonora do filme tem boas músicas, mas às vezes é colocada no meio das cenas de ação, o que pode distrair. Os efeitos visuais são todos de ótima qualidade, a Netflix só precisa liberar mais dinheiro para as produções dela não parecerem modestas.
Esse é um filme que é seu dever moral apoiar, seja você uma mulher, um gay ou um negro. São filmes como esse que precisamos ver cada vez mais sendo produzidos. E se você não se encaixa em nenhuma categoria dita, apenas aproveite uma história cativante, com um final que grita por uma sequência e que com toda certeza vai me fazer ler os quadrinhos.
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